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Cuide do freio de estacionamento

05/08/2010 09:16

Desprezado por alguns, maltratado por outros tantos, o freio de estacionamento, mais conhecido como freio de mão, merece mais cuidado por parte do motorista. Isso porque o equipamento vai perdendo eficiência com o tempo e deve ser regulado para não deixar o condutor... na mão. Para os menos cuidadosos, prejuízos nem sempre imaginados podem ser inevitáveis.

“Há quem estacione deixando a primeira marcha engatada. Além de indicar que o freio de estacionamento pode nem estar mais funcionando, esse recurso é um grande risco, que pode acabar com o câmbio se o modelo sofrer uma leve colisão de outro veículo na dianteira ou na traseira, o que não é difícil de acontecer quando outros condutores manobram para estacionar”, diz Harley Bueno, diretor de segurança veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

O péssimo hábito de alguns manobristas também pode danificar o sistema. Alguns deles usam apenas o freio de estacionamento na hora de parar o carro para entregá-lo ao cliente. “Isso gera uma sobrecarga absurda, que pode, com o tempo, afetar o cabo de aço, os patins, as lonas de freio, os tambores e até os cubos das rodas traseiras”, alerta o diretor.

 

Acionamento simples

O freio de estacionamento é acionado pela alavanca que fica entre os bancos dianteiros, ou por um pequeno pedal ao alcance do pé esquerdo do condutor (comum em picapes e utilitários). Quando o motorista usa esse equipamento, o cabo de aço ligado ao seu acionador (alavanca ou pedal) pressiona as lonas do freio traseiro contra as rodas, o que as mantêm travadas para que o veículo fique imóvel. Há ainda os modernos sistemas eletrônicos, acionados por uma pequena alavanca alojada (geralmente) no console central, que utilizam um pequeno motor elétrico para acionar ou liberar as rodas traseiras.

“Simplificando, é isso que acontece quando acionamos o sistema. Mas não é apenas para estacionar o carro que se usa esse freio. Ele é fundamental para ajudar o motorista a arrancar de aclives acentuados”, lembra Bueno. Quando as rodas traseiras não travam bem nessas situações, mesmo com a alavanca totalmente puxada, o condutor acaba controlando a aceleração com a primeira marcha engatada para não deixar o veículo descer. E, assim, a embreagem dura muito menos.

Cuidados básicos

O cuidado com o freio de estacionamento não está apenas na manutenção, mas também no manuseio. O sistema deve ser acionado suavemente para evitar desgaste prematuro; o cabo de aço, e outras partes móveis ligadas a ele, acabam afrouxando bem mais cedo se o condutor tiver o mau hábito de puxar a alavanca com toda a força.

Outro motivo para não exagerar na dose na hora de acionar o item de segurança: “O sistema de freio aquece bastante por conta do uso e as lonas ficam suscetíveis à deformação. Quando esfriam, elas voltam ao seu estado natural e, se estiverem pressionadas com muita força contra as rodas traseiras, certamente terão sua durabilidade prejudicada”, afirma o diretor da AEA.

De resto, a manutenção do freio de estacionamento costuma ser simples. A rigor, seu ajuste deve ser feito sempre que as lonas traseiras forem substituídas. É um serviço incluso nessa troca. Aliás, a posição da alavanca também serve como alerta: quando está alta demais é sinal de que passou da hora de trocar as lonas. Com o tempo, ou mau uso, o cabo de aço ou alguma outra peça pode estourar, mas desgastes desse tipo acabam sendo detectados pelos mecânicos no momento em que estão regulando o freio de estacionamento.

O conjunto, formado basicamente por alavanca, cabo de aço, regulador automático da posição das lonas e lonas, pode, eventualmente, exigir algum reparo. “Para os modelos convencionais, o custo da troca apenas do cabo de aço fica entre R$ 60 e R$ 85, contando a mão-de-obra. Já o reparo no sistema, incluindo a troca das lonas traseiras, pode ficar entre R$ 100 e R$ 180”, explica José Luiz Finardi, proprietário do Centro Automotivo Finardi.

Ele lembra que o reparo fica mais caro no caso de modelos com freios a disco nas quatro rodas. “Esses veículos saem de fábrica com um sistema de lonas embutidas nos discos de freio traseiros, que servem apenas para acionar o freio de estacionamento”. Como seu valor é maior e a mão-de-obra acaba sendo mais trabalhosa, o preço desse tipo de reparo, incluindo a troca das pastilhas e lonas, gira em torno de R$ 350, R$ 400.

Já nos modelos mais luxuosos, que esbanjam tecnologia, o item dura muito mais porque não sofre tanto quanto o tradicional sistema por alavanca. “O grande problema, nesse caso, é se ocorrer uma pane eletrônica. Aí, só chamando o guincho mesmo para levar o veículo até a oficina”, lembra Bueno.